“Amazônia Groove” é destaque nas estreias e mergulha nas sonoridades de um rio de diversos nomes

“Quantas músicas cabem nesse rio?” é a pergunta feita por um dos personagens no início do documentário “Amazônia Groove“, do diretor Bruno Murtinho, que chega nessa quinta-feira, dia 6 de junho, às telas brasileiras. A resposta é uma ampla diversidade, tão imensa quanto o Rio Amazonas, que começa com o nome de Maranhão, nos Andes peruano, e segue no Brasil como Solimões, que em Manaus se encontra com o Rio Negro e se transforma em Amazonas. É nas populações das cidades e lugarejos que rodeiam essas águas que o filme foca na produção musical . Como em Belém do Pará e regiões ribeirinhas. Dessas, uma riqueza cultural que ultrapassa fronteiras e do maior rio do planeta passa a ganhar o mundo. Seja na transcendência da floresta entoada por Mestre Damasceno, o regional pop de MG Calibre, os sons da natureza presentes na música de Thiago e Albery Albuquerque, o eletro brega de Waldo Squash, a erudição popular brasileira de Paulo André Barata, Sebastião Tapajós e Manoel Cordeiro, a sofrência escrachada de Gina Lobrista e o carimbó com maestria de Dona Onete. A exuberância visual da Amazônia faz vezes de protagonista na fotografia de Jacques Cheuiche, laureado com o Prêmio Zeiss no South by Southwest (SXSW) 2019, que acontece em Austin, no Texas (EUA). Com produção da Urca Filmes e distribuição da Pagu Pictures, “Amazônia Groove” representa o respeito que a cultura amazonense – e brasileira – merece.