Ao completar 41 anos de sua abertura, Studio 54 ganha documentário apresentado no Tribeca Film Festival

“A quem fosse permitida a entrada era livre para fazer tudo o que quisesse“, essa era a máxima do Studio 54, a icônica disco nova-iorquina que na semana passada completou 41 anos de sua abertura – acontecida em 26 de abril de 1977 – e teve a apresentação do documentário homônimo exibido no Tribeca Film Festival. Dirigido por Matt Tyrnauer, o filme narra a ascensão e o declínio do clube que teve a frente Steve Rubell, que morreu em 1989, e Ian Schrager durante três efervescentes anos(depois a casa continuou até 1986). Esse tempo também pode ser definido como brilhante no sentido dúbio da palavra, já que a cocaína liberada em todos os ambientes – com direito a escultura de uma lua com uma colher de pó – e principalmente no famoso (por rolar de tudo) mezanino. Todas as estrelas de cinema, milionários e celebridades de todos os segmentos do mundo passavam, e muitas eram barradas, pela corda de veludo vermelho e que do outro lado era repleta de centenas de pessoas querendo serem aprovadas pelo doorman. O critério para os que não eram famosos? Estar vestido de “qualquer” modo que atraísse os que escolhiam (literalmente) a dedo na porta e a mulher que deu sentido ao termo “promoter”, a peruana Carmen D’Alessio. O Studio 54 teve sua queda pelo escândalo envolvendo o imposto de renda em conjunto a uma já perseguição moralizadora que atribuía uma contaminação de parasitas nos órgãos sexuais entre outras doenças e associadas ao excesso de drogas. Mas nunca teve um lugar igual, que reunia tantos nomes de importância. De Mick Jagger à Salvador Dali. De John Travolta à Michael Jackson. E o pai da pop-art e figura tarimbada da casa Andy Warhol podia estar com um milionário alpinista social e acompanhados de um cavalo. Detalhe: o rico em questão era Donald Trump.