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O futuro visto pelo passado no cinema em obras como “No Mundo de 2020”

Tudo era muito distante, acho que o ano era 1974, eu vivia minha estada de dois anos em Bagé, minha cidade natal e para onde retornei junto com minha familia por meu pai, funcionário do Ministério da Agricultura, ter sido de Porto Alegre para lá transferido. Quando não estava na escola, onde cursava a sexta série, minha diversão era o cinema. Em uma tarde daquele ano eu fui ver uma ficção-científica estrelada por Charlton Heston (1923-2008) e que se passava em um futuro distante como era citado no título nacional, “No Mundo de 2020” (Soylent Green), dirigido pelo Richard Fleischer (1916-2006). Bem, dá para imaginar o quão longe era essa data há 46 anos? E para um garoto de 11 anos? Talvez já se soubesse que naves não estariam no céu como em desenhos animados como “Os Jetsons” e que não haveriam viagens intergalácticas como na série “Perdidos no Espaço“(1965) com a família Robinson vagando pelo cosmos no longínguo…1997. Mas “No Mundo de 2020” (na verdade essa a datada pelo nome  (sempre foram infames) no Brasil – a trama se passa em 2022) se passa em uma Nova York com 40 milhões de habitantes. O número na cidade americana na realidade hoje é de quase essa metade. No filme, o efeito estufa tornou o calor quase insuportável na terra. Bingo para essa questão. A comida tornou-se escassa e para a população carente só resta o tablete verde (o Soylent Green do título original) que o detetive vivido por Heston, após investigar a morte de um figurão da tal indústria, descobre do que é feito o alimento… A situação caótica nesse caso não chega a ser inverossímel no futuro baseado no livro “Make Room, Make Room“, de Harry Harrison, e nem o filme de Fleischer deixa de ser uma aventura pretensiosa que anunciava a era das produções “disaster movies“. Mas hoje, em 2020, convivendo com uma doença de contágio mundial e de tratamento desconhecido, não têm como não se pensar como esse ano foi visto pela ficção. Temos inúmeros exemplos e de categoria superior. Digo esse, pelo 2020 estar no título e o clima catastrófico. Adjetivo aliás que nunca esteve longe das profecias feitas por especialistas, místicos, estudiosos e escritores e obras como o clássico e sempre presente “Blade Runner” (1982), de Ridley Scott, que mostrava uma Los Angeles habitada por andróides que se traiam pela ausência de alma – o modo de não serem identificados como humanos. O futuro da trama era 2019 e trazia um fascínio tecnológico não acontecido na vida real.  As tragédias, essas sim e em toda a trajetória desde que essas obras foram realizadas podem ter superado as tramas ficcionais .

Blade RunnerBlade Runner

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Ranieri Rizza

Sou um jornalista apaixonado por cinema, assim como cultura em geral, comportamento, viagens e muitas outras coisas bacanas da vida. Quem me conhece sabe do olhar que tenho pelo novo sem deixar de lado a história que constrói o presente . Quem não ainda, convido para adentrar nesse mundo de ideias que valorizam a criação. Bem vindo ! Ranieri Rizza

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