O Legado Prince

Prince Rogers Nelson era o nome. Trazia o registro de batismo para a sua carreira. Fama, melhor dizendo. Poucos meses depois do mundo perder o talento e a genialidade de David Bowie somos sacudidos pela morte de Prince. Ele tinha 57 anos e faleceu em Minnesota, onde nasceu. Com 1,58 cm de altura e sempre de sapatos com plataforma e saltos altos, ele foi tudo. Um músico e cantor de primeira, bailarino, ator e ícone fashion. Claro, que ao se falar em Prince vem em primeiro lugar sua música.
Não tem como dissociar a música de Prince de uma pista de dança em qualquer lugar do mundo nos últimos trinta e três anos de êxitos. Foram quatro décadas de carreira, sete prêmios e 30 indicações no Grammy, um Globo de Ouro e um Oscar, 14 músicas no top 10 da Billboard, nos Estados Unidos. Mas o negócio de Prince era mesmo com o público, de maneira direta e carismática. Seu modo de vestir, fosse o “new romantic” das camisas com rendas e babados, as calças muito estreitas, o “all black”, por exemplo, tornaram-se formas de sair para a noite e dançar ao som de “Purple Rain”, de 1984, e que é considerado o seu maior sucesso e um dos melhores álbuns de todos os tempos. Mas é páreo duro se dissermos que se seguiriam hits como “When doves Cry”, Let´s go crazy” e “Kiss”, que até hoje faz todo mundo fazer biquinho. No cinema, ele esteve em “Purple Rain” (1984), baseado na sua música, dirigido por Albert Magnoli, e “Sob o Luar da Primavera” (Under the Cherry Moon), dirigido e estrelado por ele.
Para ir contra questões contratuais mudou seu nome para um símbolo – o qual definia como “símbolo do amor”. Reverteria isso alguns anos depois, mas travava uma luta com as plataformas na internet, das quais havia retirado seus catálogos. Foi casado duas vezes: com a bailarina e backing vocal Mayte Garcia e Manuela Testolini. Com Mayte teve seu único filho, Boy Gregory, que nasceu com a Síndrome de Pfeiffer e viveu apenas uma semana. Prince nunca falou sobre o acontecido. Sempre foi reservado quanto a vida pessoal e dizia. “Eu quero que a minha música fale mais alto do que eu “.