André Moraes lança o seu instrumental “Spiritual” e com ícones da música internacional em álbum gravado em L.A e Nova York

Quem é conhecedor do meio musical brasileiro, de trilhas de cinema, do mundo rocker, do heavy metal, de direção cinematográfica e de televisão, do saber sobre trabalhar com os ídolos nacionais e internacionais sabe quem é André Moraes. Quem sabe o que é sucesso registra o valor de André. E ele não se acomoda com os êxitos obtidos em uma carreira iniciada precoce – e agradecemos a isso. Agora, após uma imersão em Los Angeles, onde residiu durante alguns meses e vivendo em grandes estúdios como o Capitol Studios e o Sunset Sound, e em Nova York na mítica casa que foi Jimi Hendrix e que hoje é o Eletric Lady Studios, ele nos apresenta o seu primeiro álbum instrumental, “Spiritual“. O trabalho chega nas plataformas digitais, e em breve, em vinil e fita cassete.
E se é para falarmos de “Spiritual” temos que ressaltar que André, em seu melhor estilo André, reuniu um time de ícones como Omar Hakim, baterista e arranjador que tocou apenas com Sting, Madonna, David Bowie, Dire Straits, Miles Davis, Kate Bush e George Benson (só para citar alguns). Os dois anos de gravação ainda tiveram encontros com Leland Sklar (baixista ‘fera” parceiro de grupos como Toto e astros como James Taylor, Carole King e Phil Collins), Chad Wackerman (baterista de trabalhos com Frank Zappa, Barbra Streisand, Steve Vai, Andy Summers e Dweezil Zappa – “es muele?”), e Stuart Hamm, a quem considera “um grande parceiro”, baixista dos mais festejados e essencial em discos e shows de Joe Satriani, Steve Vai e Randy Jacksom – em uma lista grande. Na equipe, destaque para o brasileiro responsável pela mixagem, o engenheiro de som Adriano Nascimento, e a masterização de Joe LaPorta, mestre que tem no currículo o aclamado “Blackstar” de David Bowie. Impossível não escutar “Spititual”.
Com Omar Hakim em estúdio
E como esse blog é autoral, lembro do André que compôs aos 20 anos a trilha de “No Coração dos Deuses“, épico dirigido por seu pai, Geraldo Moraes, onde contou com parcerias como a banda Sepultura e Mike Patton (do Faith no More). Em 2011, eu estava em Nova York e junto com o André encontramos na Bleecker Records, um álbum de Patton no qual André estava nos agradecimentos por ter contribuído. Mas tudo vai muito além, André fez a trilha de grandes sucessos do cinema nacional, como “Lisbela e o Prisioneiro” , de Guel Arraes, e “Meu Tio Matou um Cara“, de Jorge Furtado, onde teve a contribuição de Caetano Veloso. Fez filmes experimentais, dirigiu e participou de séries de televisão, cantou em sucesso de filme mexicano, fez o longa-metragem “Entrando numa Roubada“, com um time de atores célebres da atualidade. Está para lançar a versão nacional do êxito mexicano “Não se aceitam devoluções“. Conclusão: André é foda! E conferir “Spirituals” é obrigatoriedade por sua original e primada categoria em um país de pobres mesmices.