“O Caravaggio Roubado” mostra que o cinema italiano revisita elementos de êxito

Em cartaz nos cinemas brasileiros, “O Caravaggio Roubado“(Una storia senza nome), de Roberto Andó (As Confissões, Viva a Liberdade), faz parte do caminho da recuperação do “cinema italiano” de grande significância na filmografia mundial. Por exemplo, movimentos como o neo-realismo, o gênero de uma comédia muito própria, o ‘giallo’ (suspense e terror que tem seu auge nos anos 60 e 70) e cineastas que não encontrarão sucessores, como Rosselini, Pasolini, Monicelli, Visconti, Antonioni…Para dizer alguns entre inúmeros registas. E nisso, não pode ser esquecido aquele que foi transformado em adjetivo, Federico Fellini.
Depois de tanta glória, a produção italiana foi dada como morta em produção e criatividade. Aí que Andó ousa e realiza “O Caravaggio Roubado”, que faz ficção em cima de um acontecimento real: em 1969, o famoso quadro Nativitá, de Michelangelo Caravaggio desapareceu de uma igreja em Palermo, na Sicília. E nunca mais foi recuperado. Na trama que envolve o roteiro e a realização de um filme, o diretor envolve a Máfia, comédia e suspense e acerta. E daquele modo que só o gestual e o idioma da bota permitem. No elenco, Alessandro Gassman ( filho de Vittorio Gassman, ator ícone de obras marcantes), a bela Micaela Ramazzotti e a não menos Laura Morante e o diretor polonês Jerzy Skolimowski. Veja!