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Por que, mesmo não existindo mais, a Yes, Brazil é atemporal e traz ares de modernidade

 

Foto: Miro 

Ora, poderia ser capa desse post a clássica etiqueta de um jeans da Yes, Brazil que eu acreditava ter até hoje, uns 35 após te-la ganho da minha irmã . Assim como os casacos (mesmo com ombreiras) e camisa  da marca que agora é celebrada pelas quatro décadas que entrou no mercado por Simão Azulay (1950-1088) e na semana passada foi homenageada pelo seu filho Thomaz Azulay junto com Patrick Doering, estilistas da grife The Paradise. A celebração foi iniciada com a divulgação de material feito com uma das musas e amiga de Simão, Xuxa Meneghel  em uma roupa de colorido vibrante e formas geométricas,  na melhor linha da Yes. Os registros ficaram a cargo do fotógrafo Miro, que ainda hoje é responsável por fotos incríveis de personalidades e ensaios. Imagine nos anos 80, com a riqueza de títulos impressos de moda e comportamento.

Agregados à moda da Yes, Brazil estão itens como liberdade, bom gosto e explosão cultural em vívidos ares da democracia, após os muitos difíceis anos de ditadura militar. Se a Yes, Brasi foi criada na zona sul do Rio de Janeiro foi expandida para o Brasil. Sob o signo da televisão, estava situada entre duas novelas de Gilberto Braga: “Dancing Days“(1978) e “Vale Tudo“(1988).  Um mundo sem celular e redes sociais. Em um clipe do Fantástico, Neusinha Brizola corria para um telefone público para pedir um “help, venha me salvar depressa” na canção  “Mintchura“. Era Neusinha,  era Rio. Tinha Chacrinha. Tinha musas. Tinha Garotas do Fantástico, Tinha Cazuza. Tinha o verão da lata. Ainda tinha ainda o jornal Pasquim. Tinha o Planeta Diário. Marina não era Lima e cantava “Fullgás, para exemplificar muitos sucessos,”Tinha o gênero “terrir”do Ivan Cardoso (As Sete Vampiras). Tinha paquitas no “Show da Xuxa” (rewind para Xuxa, então a mulher mais famosa do país). Existia muito beijo de homem com homem e de mulher com mulher e de todo o mundo com todo o mundo (o que independia de ser gay ou hétero). E Monique Evans, de cabelos curtíssimos dirigia o seu conversível pela orla carioca.

Dias depois do ensaio com Xuxa, ela voltou a desfilar após um hiato de três anos – e na verdade o anterior foi uma participação no Fashion Rio em lembrança a Yes, Brazil)- no Hotel Fairmont, em Copacabana. Ela e os também míticos Veluma, Monique, Pedrinho Aguinaga, entre outros. Homenagem para a Yes,  inspiradora da nova coleção da The Paradise. Na trilha ao vivo Gilberto Gil, Pepeu Gomes, Baby Consuelo (ops, agora é do Brasil), Blitz...E teve o beijo de Monique com sua mulher, a DJ Cacá Werneck. Mas não estamos falando dos anos 80 e agora, quase 2020, isso choca e vira assunto? Sim, o Brasil ficou careta e o beijo de Monique necessário, essencial, resistente. O que não é transgressão faz jus ao termo e é bem vinda. Contracultura e glamour! Yes, Brazil! Sim, Brasil!

 

Xuxa Meneghel Foto: Divulgação Xuxa Meneghel Foto: Divulgação

 

 

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Ranieri Rizza

Sou um jornalista apaixonado por cinema, assim como cultura em geral, comportamento, viagens e muitas outras coisas bacanas da vida. Quem me conhece sabe do olhar que tenho pelo novo sem deixar de lado a história que constrói o presente . Quem não ainda, convido para adentrar nesse mundo de ideias que valorizam a criação. Bem vindo ! Ranieri Rizza

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Sou um jornalista apaixonado por cinema, assim como cultura em geral, comportamento, viagens e muitas outras coisas bacanas da vida. Quem me conhece sabe do olhar que tenho pelo novo sem deixar de lado a história que constrói o presente . Quem não ainda, convido para adentrar nesse mundo de ideias que valorizam a criação. Bem vindo ! Ranieri Rizza