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“MONSTROS: A História dos Irmãos Menendez” – A tétrica realidade da serie sobre um crime americano

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Com o título original de “MONSTERS  The Lyle and Erik Menendez Story“, a serie, que estreou completa e é uma produção do Netflix, atrai muito por ser mais uma atração “true crime” criada por Ryan Murphy .  A primeira dele nesse gênero foi a ótima “Monstros: A História de Jeffrey Dahmer” – sobre o serial killer talvez mais famoso dos EUA, mas Murphy é um craque no quesito, já que entre seus inúmeros sucessos tem a criação de American Crime Story, que contou a história do julgamento de O.J. Simpson e o assassinato de Gianni Versace. Mas estamos aqui para falar do caso dos irmãos Lyle (Nicholas Alexander Chavez) e Erik (Cooper Koch) que em 1989 assassinaram os pais Kitty e Jose Menendez, interpretados pelos indiscutíveis astros Chloë Sevigny e Javier Bardem. Claro que como uma trama baseada em um fato verdadeiro e de modo amplo explorado pela mídia por anos, inclusive os os julgamentos em 1996, não é mistério o que aconteceu com Erik e Lyle, mas os fatos que os levaram a cometer o parricídio na mansão da família em Beverly Hills, sim ! E aí, sem spoilers, encontram-se as dúvidas. No quinto episodio, entenda-se que em cada é um diretor diferente, são apenas dois personagens em cena – a advogada Ari Graynor (Leslie Abramson) e Erick – conversando durante todo o tempo. Erick relata os abusos sofridos pelo pai desde os seis anos de um e oito de outro. Começaram com massagens e depois estupros que se prolongaram. Esse capítulo para mim – e creio que para todos – é muito difícil de ver. Abuso sexual, moral, agressão infantil e adolescente, tudo com a conivência da mãe, que várias vezes disse odiar os filhos.

Murphy declarou à Vanity Fair que todo o texto é real. Mas foram dois julgamentos e entre eles um acontecimento que  mudou tudo. Como agora, 34 anos após a prisão, os irmãos pode ser liberados, graças ao empenho do jornalista Robert Rand, do Miami Herald, que sempre esteve ligado ao caso. O ex-integrante da banda Menudo,  Roy Rosseló (da qual Jose foi diretor da gravadora) confessou ter sido estuprado aos 13 anos, em 1984, na própria casa de Jose, por ele e o empresário do grupo. Outra questão, o movimento MeToo declara que teve erros tremendos na questão dos abusos sexuais e morais sofridos. A família de Jose e Kitty sempre esteve à favor dos irmãos.

Os verdadeiros Eric e Lyle à época do julgamento

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Qual o mistério de “O Casal Perfeito” ? Não é nada em sua trama!

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Então, a série “O Casal Perfeito“, dirigido por Susanne Bier, estreou na última quinta-feira, pelo Netflix, com grande alarde e muitas expectativas. Ora, um projeto com um elenco bacana encabeçado por Nicole Kidman – que é uma das produtoras e venceu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Veneza por “Babygirl“, há dois dias, dificilmente tem chance de dar errado, mas…Para mim, uma das grandes questões é o que Isabelle Adjani faz ali. Uma grande musa do cinema francês como coadjuvante (mesmo que apareça no final dos créditos como atriz convidada) e assim mesmo em um papel que não é à sua altura. Algo digno de um conflito diplomático. Não dá para entender como colegas da imprensa não citem Adjani nos textos e ao citar créditos. Se o leitor não a conhece, saiba que ela é um símbolo do cinema desde a adolescência, sendo a protagonista de verdadeiras obras-primas, dirigida, só para citar alguns, por Chabrol, Polanski, Herzog…Ganhou cinco vezes o César – a maior premiação da França – (sendo a única estrela a ganhar tantas vezes a honraria máxima) e foi candidata ao Oscar. Bem, atores europeus do porte de Isabelle dificilmente se adaptam ao cinema americano. E talvez ela tenha estranhado estar em “O Casal Perfeito”, que fica naquela categoria “muito barulho por nada”. A série é das mais assistidas do Netflix e deve agradar ao público que não exigente. A trama que é um “whodunit” – o quem matou alguém – e traz um elenco forte, além de Nicole e da ignorada Adjani, como Liev Schreiber, Dakota Fanning, Michael Beach, Donna Lynne Champlin, esses dois últimos maravilhosos como os policiais que investigam o assassinato. Ah, e a abertura é uma dancinha dos personagens no paradisíaco local da trama, mas para mim não colou !

 

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O limite do fascínio do documentário “Faye”

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Pois é né ? Eu sempre gostei da Faye Dunaway, linda e uma atriz magnífica. O documentário “Faye” agora faz um certo alarde sobre a THDA, síndrome do pânico e depressão que talvez ela sempre tenha sofrido. Mas ela sempre foi difícil e a minha experiência com pessoas “destemperadas”, explosivas – em principal atrizes ou atores – sempre foi uma constante. E eu com todos esses distúrbios neurológicos que sempre aguentei na minha persona. Ossos do ofício, diria, quem sabe, a vovó que nunca conheci. Mas Faye se vitimiza perante as histórias, sem culpa, pelas brigas, pelos casos com os colegas casados, Mastroianni, Steve McQueen… enquanto ela vivia uma situação igual. Mas ela é uma diva e sempre agiu como tal. E, ressalto, bela e excelente atriz. Está com 83 anos e tem histórias, trabalhos lindos, como o que a levou ao Oscar em 1977, Rede de Intrigas  (Network), do Sidney Lumet, e que na manhã seguinte ao receber o prêmio a fez posar para o futuro marido e fotógrafo Terry O´Neil na piscina do no Beverly Hills Hotel. É a foto do cartaz abaixo, a mesma de capa do doc da HBO. Entre tantos clássicos, eu sou aficionado pelo terror  “Os Olhos de Laura Mars“, de 1978, Mas nisso tudo, eu digo que todas(os) temperamentais alegariam esses distúrbios. “Faye” fica nisso e o trem não anda. Acertaria se falasse em problemas de carências, de egolatria e síndrome de superstar. E não seria e será a única!

 

Com o astro italiano Marcello Mastroianni, com quem viveu um intenso caso de anos

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