Artes Plásticas
Sílvia Brum sem Rupturas entre Arte e Vida
SOBRE “PERSONA”
A percepção das obras é marcada pela lentidão do tempo e do olhar investigativo que percorre a imagem para que ousemos desvelar o segredo das pinturas a óleo de Sílvia Brum. A artista apresenta a exposição Persona, com curadoria de Ana Zavadil, a primeira do recém criado Museu de Arte do Paço – MAPA (Praça Montevideo, 10 – Centro Histórico), onde era parte da sede da prefeitura de Porto Alegre. A mostra está disponível para visitação até 21 de fevereiro de 2025, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
Em Persona, Sílvia traz o hiper-realismo e faz questionar sobre a potência da imagem. As pinturas são criadas com detalhamentos, incluindo luz, sombra e texturas – tão convincentes que parecem reais, assemelhando-se a fotografias. Segundo Ana Zavadil, elas são elaboradas para representar mulheres de distintas regiões do mundo, com o intuito de enaltecê-las, dando-lhes poder e dignidade. “As personas de Sílvia Brum são ilusionistas, visto que o real se mistura ao imaginário, trazendo o espaço-tempo da obra para o espaço-tempo do observador, em que os limites entre o real e o ficcional falam de ausência e de presença na construção de sentido da obra”, explica a curadora.
A potencialidade da imagem criada resulta em uma pintura de muita qualidade visual e técnica, uma vez que um pincel muito pequeno é usado até gastar as cerdas sobre a pasta de modelar, essencial para as texturas. São camadas construídas lentamente que exibem rostos perfeitos quebrados, rachaduras que exibem lacunas e alegorias escolhidas para representar o mundo de onde saem essas mulheres-personagens. “A exposição traz pinturas que abordam aspectos emocionais e sociais do universo feminino, em que os olhos, ponto importante da pintura e onde há uma dedicação extrema de riqueza e detalhes, olha-nos de volta. Os rostos que pinto são criados por mim, mas representam a realidade de muitas mulheres”, afirma Sílvia.
SERVIÇO
Exposição “Persona”
Visitação: De 18 de dezembro a 21 de fevereiro de 2025
Horário: De segunda a sexta-feira, das 9h às 17h
Local: Museu de Arte do Paço – MAPA (Praça Montevideo, 10 – Centro Histórico) – Porto Alegre
Artes Plásticas
Gravura apresenta “Cidades Invisíveis – Rostos Anônimos”, de Eduardo Mester, e “O Elo Invisível”, por Mariella Horianskï
Os artistas Eduardo Mester e Mariella Horianskï trazem diferentes perspectivas sobre cidades
A Gravura Galeria de Arte sedia a partir dessa quinta-feira, dia 07 de novembro, as mostras “Cidades Invisíveis – Rostos Anônimos”, pelo artista Eduardo Mester, enquanto Mariella Horianskï estará expondo as obras de “O Elo Invisível”. A Sala Negra terá “Cidades Invisíveis – Rostos Anônimos”, que se trata de uma imersão nas profundezas das metrópoles e das emoções humanas, em que Mester se posiciona como um observador invisível, refletindo suas próprias vivências no caos urbano. Ele retrata não apenas as cidades sem nome, como também a jornada de um indivíduo em busca de sentido e conexão em meio ao tumulto e à solidão. A exposição é uma celebração da resiliência humana e um testemunho da luta pessoal de Mester. Seus trabalhos oferecem mais do que apenas uma visão da vida urbana; são um convite para refletir sobre nossa própria luta por pertencimento, conexão e significado em um mundo que parece, muitas vezes, indiferente e caótico.
Já a experiência que Mariella poderá ser vista na Sala Branca em “O Elo Invisível“, que começa com a busca abstrata dos elementos da natureza. Ao ser impactada por um período de profunda introspecção provocada pelas enchentes no Rio Grande do Sul, em maio deste ano,ela se propôs a explorar uma conexão entre a natureza, a resiliência humana em tempos de adversidade e a capacidade de transformação que emerge das cicatrizes deixadas pelas circunstâncias. A artista fez monotipia – impressões naturais no ambiente – quando as águas começavam a se retirar da Praça da Alfândega, dando origem a estas novas obras singulares. O uso de impressões recriadas, que incorporam pigmentos e elementos da própria terra devastada, permitiu conectar a matéria física à essência espiritual que a atravessa. A exposição tem a curadoria de Maria Helena Bernardes, que afirma que este é o ponto de virada da arte. “Talvez somente a arte possa nos comover com a beleza da lama fétida. E quando isso acontece, quem sabe, seja o início da cura”, conclui Bernardes.
EXPOSIÇÕES “CIDADES INVISÍVEIS – ROSTOS ANÔNIMOS” E “O ELO INVISÍVEL”, NA GRAVURA GALERIA DE ARTE
Vernissage: 07/11/2024, quinta-feira, das 18h30 às 20h30.
Visitação: 08/11/2024 até 30/11/2024, de segundas a sextas-feiras, das 9h30 às 18h30, e aos sábados, das 9h30 às 13h30.
Endereço: Rua Corte Real, 647 – Bairro Petrópolis. Porto Alegre – RS
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