Carmen Ferrão, presidente da Bienal do Mercosul – Foto: Roberto Furtado
Lançada na quinta feira (27) em evento no Salão Nobre da Catedral Metropolitana de Porto Alegre, a 14ª Bienal do Mercosul está mobilizando 18 espaços da capital e em Viamão, na Região Metropolitana, que exibem obras de 77 artistas do país e do Exterior. “É uma grande alegria e satisfação ver esse resultado nos museus já conhecidos e os novos lugares que estão sediando o evento. Imagine que tivemos que transferir a data, que estava em inicial programada para setembro do ano passado, devido à tragédia que foi a enchente que o Rio Grande do Sul sofreu. Foi um grande esforço e mobilização para reunirmos os artistas e curadores“, declarou Carmen. As exposições têm entrada gratuita e estarão abertas à visitação até 1º de junho.
O tema da 14ª edição é “Estalo“, com a função de refletir acerca da noção de transformação. “Realizamos uma longa pesquisa e esse processo culmina agora na abertura da Bienal, que tem como uma das características principais a capilaridade, por termos exposições e atividades em diversos pontos de Porto Alegre e Viamão, na região metropolitana”, ressalta o curador-chefe Raphael Fonseca. O conceito curatorial desta edição – também planejado pelos curadores-adjuntos Tiago Sant’Ana e Yina Jiménez Suriel, além da curadoria-assistente Fernanda Medeiros – se dedica a lidar com a noção de transformação que ocorre em diversos graus, desde aspectos de mobilização social, individual e coletiva sentidos através dos nossos corpos até mesmo rupturas e câmbios tempestuosos na natureza.
Fernanda Medeiros, curadora assistente, Raphael Fonseca, curador-chefe, Yina Jiménez e Tiago Sant’ana, curadores adjuntos- Foto: Roberto Furtado
Também a ideia de tempo guia a audiência a pensar sobre as metamorfoses que silenciosamente atingem a existência humana. Artistas de 31 países dão corpo às exposições, que são separadas cada uma por um título-estalo diferente, acentuando ainda mais a perspectiva transversal arquitetada pela curadoria e permitindo ao público montar seu próprio quebra-cabeça conceitual da mostra. Os projetos artísticos que serão apresentados nesta edição ressaltam os contextos geográficos e culturais em um campo que vai do interesse pela abstração a projetos mais documentais. A maioria das obras apresentadas são inéditas, através de 46 projetos comissionados especial para a edição. A formação de circuitos de museus e instituições permitirá com que as pessoas possam frequentar a mostra por zonas da cidade, estabelecendo também uma relação com a paisagem local. Além de estar presente em lugares já consagrados na história da Bienal como o Farol Santander e o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, o público poderá se encontrar novamente com a Usina do Gasômetro, além de visitar outras geografias da cidade como nos bairros da Lomba do Pinheiro e Restinga, em unidades do Estação Cidadania, além de estarem também, pela primeira vez, na Cinemateca Capitólio, no Pop Center, no Museu da Cultura Hip Hop RS e na Fundação Vera Chaves Barcellos, em Viamão.
A 14ª Bienal do Mercosul é apresentada pela Petrobrás, tem patrocínio master de Santander Brasil e Banrisul e apoios premium de Renner, Blue Ville e Gerdau. É uma
realização da Fundação Bienal do Mercosul e Ministério da Cultura e Governo Federal, com financiamento do sistema Pró-Cultura da Secretaria da Cultura do Governo do Estado do RS.